quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Histórias de terror (?)

 

    Uma semana sem postar? por pouco né?. Mas eu voltei , e pra quem sentiu minha falta, tamo junto manolo. Estou postando hoje pra Ara não ficar bla bla, me manda postar mas nunca posta pra ela não ficar desanimada e deprimida sentindo minha falta.

   agora, uma daquelas histórias de terror (que aposto que não dão medo) que escrevi na aula:


    Amor fraternal


   Minha família era composta por uma vaca (minha mãe) um corno (meu pai) eu, meu irmão mais velho Ramon e nossa irmãzinha Camila. Olhando de longe eramos uma família normal, mas nunca se engane pela aparência. Meu pai vivia bêbado , minha mãe nunca estava em casa, cansados disso nós três aprendemos a nos virar sozinhos. 

       A unica coisa que dava força pra continuar era Camila, que apesar de tudo sempre estava com um sorriso no rosto dizendo "vai ficar tudo bem", e só por um segundo eu queria acreditar nela. Com o passar do tempo eu e Ramon começamos a cuidar dela, sentávamos no sótão e sob a luz de um lampião liamos histórias com um final feliz. É triste  ter que admitir que finais felizes não existem, mas o que há de errado em deixar uma criança sonhar?

      Ela era quase minha filha, levava ela pra escola , penteava o cabelo dela, brincava com ela na balanço de pneu que tinha o quintal, era o brinquedo preferido dela. Até hoje lembro da voz dela, aquele raio de luz, inocente. Que iluminava minha existência sombria.
    
    Eu, com meus cabelos pretos e olhar morto, ela como sempre parecia que brilhava, sempre sorrindo. Me pergunto se ela parou de sorrir quando morreu.  Num dia , ela não voltou pra casa, meus pais nem se importaram, mas eu e Ramon procuramos ela por toda parte, ficamos sem dormir e sem comer. Uns dias depois nós a encontramos , morta, no balanço de pneu que ela tanto gosta, com um bilhete irônico que dizia : "obrigado por me emprestar a sua felicidade, pena que ela era tão frágil"
     
       Naquele momento , não sabia o que fazer, ou o que dizer, eu apenas sentei do lado de seu corpo e olhando pro céu pensei "espero que você tenha ido para um lugar feliz".

     As semanas se passaram, Ramon sumiu no mundo, havia apenas eu, e a lembrança de Camila. Algumas pessoas não acreditam em fantasmas , mas saibam que eles estão lá, e nos observam. Sentada no balanço e lembrando de meus momentos felizes, senti uma mão no meu ombro, uma mão leve e macia. Como a de Camila, e era ela. Ou pelo menos seu espirito, ela me abraçou e falou sua melhor frase: "vai ficar tudo bem".

   Não sei se era ela realmente ou se foi só uma alucinação minha, mas essas simples palavras bastaram para eu seguir em frente, sem me esquecer de todos os momentos bons, de continuar com a minha e lembrar dela como a garota incrível que ela era, ou melhor, a garota incrível que ela é.
        
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      sei que é mas triste do que de terror, mas o que vale é a intenção né?

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