quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Histórias

Olá, estou sem postar a um tempo porque eu estou doente. Nem pra aula eu fui, e quando se está de cama a 4 sem olhar pra rua um pouco, você começa a ficar louca. Pra matar o tédio eu escrevi essa "historinha romântica"


      A morte e o amor 

Pra que serve a vida? Há dias que estou pensando nisso, porque estamos aqui? E cheguei a uma simples conclusão: A vida de certas pessoas  não tem nenhum valor. Ultimamente tenho que aguentar a dor da perda, o meu amado morreu num acidente. Não sobrou um ossinho pra eu me lembrar dele. Acho que vou enlouquecer, só de ver esses casais felizes passando por mim, sorrindo e fazendo planos pro futuro. Enquanto eu sou obrigada a vagar sozinha pela eternidade, a ficar lembrando das promessas que nunca irão se cumprir.
      
   Tudo é trevas na minha vida , não sou mais aquela garota feliz. Agora só me resta vagar pelos corredores. Eu já não aguentava mais provocações, achava que ia explodir se escutasse mais alguém me chamando de "monstrinha". Encolhida, chorando no banheiro, minhas atormentadoras aparecem, mas dessa vez elas não iam me machucar de novo. Ao levantar e olhar no espelho vejo Ele, meu amado, com aqueles olhos verdes profundos, sussurrando apenas uma palavra "mate-as" "mate-as" "mate-as". Se essa é a vontade do meu amado, eu o farei com prazer. Depois de uma semana planejando com cuidado como eu ia as matar, finalmente chegou a hora de por meu plano em prática. Uma delas, a "líder" saia do trabalho sempre tarde da noite, e ia andando por ruas desertas e escuras, a chance perfeita. Como um fantasma sai das sombras segurando um machado de incêndio, a arma perfeita para aquela noite. 

     O primeiro golpe foi na barriga, rápido e certeiro, para ter certeza de que ela não ia sobreviver, a melhor parte de cometer um assassinato é olhar nos olhos da vítima e sentir o desespero, a dor, aquele olhar desesperado que grita "por que?". Cheguei bem perto de seu ouvido e com uma voz delicada sussurrei:
  
  -Não se preocupe, vai ficar tudo bem, vão gostar de te acolher no inferno.
Tossindo sangue, e chorando de dor ela começou a perguntar: 
  -Gasai-san, por que você fez isso? Eu nunca fiz nada de mal pra você, por que?
 - Tolinha, é simples, se Ele quer que eu te mate, você terá que morrer. É realmente tão  simples, sua vida de nada me importa, você é um verme rastejando aos meus pés, agora descanse. Te vejo no inferno.
  
  E com um olhar desesperado a vida deixou aquele corpo insignificante. Pela primeira vez em meses eu me senti viva, acho que agora eu ia precisar destruir mundos pra manter o meu de pé. Um pequeno preço a pagar pela felicidade.

   E assim foi por um longo tempo, eu planejava e matava, matei pessoas de todos os tipos. Aquele machado se tornou meu melhor amigo, e o anjo da morte, meu companheiro. Os jornais entraram em desespero, todos os dia uma única notícia passava na televisão: " Serial Killer continua solto, as autoridades não tem nenhum suspeito ainda. Deixe seus filhos seguros em casa." 
   Idiotas, ninguém está seguro, e nunca vão me pegar, afinal de contas eu sou a assassina perfeita, o anjo da morte está ao meu lado. Eu sou uma deusa. 

   Assim que acabei meu 21° serviço , sai vagando desatenta pelas ruas, dançando na chuva entre os carros, nunca me senti tão viva, tão feliz. A chuva tocava delicadamente meu rosto, arrastando o machado pela rua eu cantava, como a morte é bela, como matar é bom. Não sei por que as pessoas chama isso de "crime". É crime eu buscar a minha felicidade? Sentei no meio da rua, perdida em meus pensamentos. Que descuido meu. Um carro a toda velocidade me acertou, sai voando pela rua, sem largar o machado. Jogada no acostamento eu pensava: " que desperdício uma deusa como eu morrer dessa forma tão estúpida, pelo menos agora vou poder conhecer meu amigo mais fiel. 

    A Lua estava linda naquela noite , perfeitamente redonda e brilhando como nunca. Um anjo de asas negras veio descendo dos céus, finalmente meu amigo havia vindo me buscar. Com um sorriso sarcástico eu me despedia desse mundo, nos braços de meu único companheiro eu ia voando por além. A morte é a coisa mais linda do mundo, não é sombria como dizem. O anjo que veio me buscar era lindo, muito parecido com meu amado, ainda acho que naquela noite, ele que tinha ido me buscar, e até hoje acho que era ele o anjo que me vigiava sempre que eu ia cumprir meu dever, o dever de limpar a cidade.  
      
  Olhando pra mim com aqueles lindos olhos verdes ele sussurrou: "Finalmente estamos juntos de novo, meu anjo"
   
   Sabe, acho que nem a morte pode acabar com um amor verdadeiro, no meu caso a morte nos uniu de novo. Agora, nós dois somos anjos, anjos do melhor tipo. Agora somos anjos da morte. 





Hospital Santa Luz

-Doutor, minha filha, vai ficar bem?
-Sinto muito, mas a pancada foi muito forte, sinto dizer que a sua filha vai ficar em coma por um tempo indeterminado. 
-Minha, garotinha.. por que filha.. por que você matou todas aquelas pessoas.. por que você teve que enlouquecer? Espero que você esteja em um lugar melhor.....

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Eu falei pra vocês que eu estou ficando louca. Mas a loucura é uma coisa boa né?

Ara: Nezumi , acho que você está delirando de febre.

   

Pra quem não entendeu, ela foi atropelada e entrou em coma, no sonho eterno dela, ela virou o que ela queria ser, um anjo da morte, e está pra sempre com o namorado, porém tudo não passa de um sonho.  

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